Um belo e intrigante episódio,
onde mostrou a dura realidade por trás da modernidade. Dentro e fora das
paredes desse Downton existem pessoas e situações que reviram conceitos e nos
chocaram, infelizmente de forma negativa.
Sem dúvidas o pilot mais
importante desse episódio ficou com Anna. Que vivia seu belo conto de fadas com
Sr. Bates onde tudo se resumia em amor, alegria e companheirismo. E quem teve
pena dela episódio anterior – quando Edna/Thomas colocaram sobre ela a culpa da
mancha na roupa da Condessa – mal imaginava o que estaria por vir. Inicialmente
temos o ciúme de Bates, que foi do fofo ao arrogante, porém ele conhece sua
esposa e sabe que ela é boa, pura e não vê maldade em nada. Coitada! Acostumada
com a elegância e bons modos de seus lordes e os únicos elemento negros que
conhecia era O’Brien e Thomas – que comparado aquele monstro é quase santo –
sentiu na pele a maldade e os horrores do mundo. Um trauma que desencadeará
muita história ainda tanto para a própria Anna quanto para sua relação com
Bates que com certeza não será mais a mesma.
Como eu disse esse episódio foi
um choque de realidade. O encontro Branson e Edna finalmente – e infelizmente –
aconteceu, a dissimulada está conseguindo fisgar Tom, não por amor, mas por
mais um inocente que cai na laia de “vamos ser amigos” de um tipinho daquele.
Sem dúvidas, pelo menos para mim, a personagem mais desagradável da série, já
que tudo indica que a presença física de Sr. Gillingham na casa foi passageira.
Branson também se deu conta que depois de perder Sybil não tem mais nada em
comum com Downton – a não ser Sybil 2.
Deixando o lado negro de lado,
vamos às coisas boas. Como foi bom ver Robert sendo mais sociável! Seu
preconceito já conhecido por mulheres independentes, imagina com cantoras, deu
um toque de menos egoísmo ao personagem ao se render lentamente as mudanças que
estão ocorrendo na sociedade. Também foi agradável ver que finalmente Edith deu
outro passo em direção ao altar graças a Michael que enfim conseguiu alguns
créditos com o Duque, gosto muito desse personagem, ele é bem peculiar,
esperto, persistente e é do tipo que ama para
valer. Creio que dessa vez Edith encontrou o homem certo.
“Às vezes não sei por quem meu luto é maior. Por Matthew ou pela pessoa
que eu era quando estava com ele.”
O pós-luto de Matthew também não
ficou de fora. Mary tirou mais um fardo de luto do seu coração ao sorrir pela
primeira vez. O sortudo da vez é Lorde Gillingham, porém achei bem forçada a
entrada desse personagem, já que a “Mary opaca” não se abriria e cairia nos
encantos de um homem tão facilmente, será que vem uma nova Lady por aí ou só é
uma etapa de seu luto? Veremos. Quem não se recuperou de perder Matthew foi
Sra. Crawley, afinal mãe é mãe e cada palavra de dor que ela emitia feria meu
coração, como esse moço faz falta!
O reino dos criados virou de
cabeça para baixo. Alfred cozinhando e Thomas e Mosley fazendo “freelancer”
como lacaios. Só não muda Sra. Patmore e Sr. Carson com suas imensas
preocupações em ser impecáveis e a arrogância de Thomas e Jimmy, sinceramente
esses dois se merecem.
Anteriormente dois episódios mais
filosóficos, esse foi bem mais agitado e dinâmico, vários arcos foram muito bem
trabalhados simultaneamente. A reunião com os velhos amigos da família foi um
prato cheio para o tema não só desse episódio como o da temporada: a
modernidade. Rose trouxe esse novo mundo e está pulando de galho em galho, como
já era previsto. Violet estava com a língua afiadíssima essa semana, cada
palavra uma mensagem de sabedoria...
Momento “perolando” com a Diva Violet:
- “Que alívio. Pensei que poderia ser para algum terrível líder alemão.
Pode-se esperar tudo de Puccini.”
- “Não me use como desculpa. Se não quer dançar, diga a ele.”
Notas:
- Lavando minha língua com água e
sabão. Tô começando a sentir falta da O’Brien, melhor ela que a recalcada da
Edna.
- Gente, cadê as crianças de
Downton?
- Só eu pensei que nunca, never,
jamé, veria uma cena de estupro em Downton?
- Apesar de tudo esse episódio me
trouxe boas risadas, principalmente com Sr. Mosley, muito amor!
Não se esqueça de deixar sua
opinião nos comentários e a gente se vê na próxima review. Inté!
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