Cavar o fundo do poço? Sim, Revolution provou que é perfeitamente possível.
Uma premiere de dar vergonha, não consigo pensar em nada melhor para dizer. Depois de todos os altos e baixos da temporada de estréia, amarradas por muita megalomania e falta de coerência, eu realmente esperava que os roteiristas da série tentasse ir para o simples, apostando mais em seus personagens que na trama mirabolante e sem pé ou cabeça em algumas ocasiões. Ledo engano. E a chave de ouro veio com a morte e ressussitação de Aaron Pitman. Sério, gente, essa foi de matar.
Como se não bastasse, vimos personagens completamente perdidos e tramas avulsas aos montes.
Charlie me pareceu mais estúpida do que nunca, abandonando a mãe em um momento de fragilidade psicológica. Por mais que ela estivesse com raiva de Rachel, seus atos não são justificados. Eu jamais abandonaria minha mãe em um caso desses.
Miles e Rachel estão enfiados em uma expectativa de romance que, a essas alturas do campeonato, não conseguem mais entusiasmar. A implicância do pai com o "homem errado" me parece tão fora de qualquer coisa que me deixou extremamente entediada. Aliás, ok, tenho que me acostumar com um pai surgindo de sabe-se lá onde, assim como outros vários personagens que não trouxeram qualquer carismas, ao menos neste episódio inicial.
Mesmo Aaron e Tom, que figuram entre meus favoritos, não me trouxeram alegras neste Born in the U.S.A.. Tom ainda é mais justificado, uma vez que procura a vingança pela "morte" ainda não confirmada de sua esposa (alguém duvida que ela vai aparecer do total nada?). Mas de repente ele virou cheio de morais? O personagem nunca foi concebido nesses moldes, e mesmo seus atos injustificados mostravam o homem moldado pela situação. O que aconteceu? E Aaron com os vagalumes?
Mas o pior foi ver que as luzes não acabaram e, além do mais, apareceu uma nova ameaça aos personagens. Quer dizer, não só a série não resolveu o problema da temporada passada, que para mim deveria ter tido um fim na season finale e, por algum motivo incompreensível (porque, se as bombas foram lançadas, não há porque manter as luzes apagadas. Ou há?) persiste aqui. E para implementar a sopa da absoluta falta de sentido, temos clãs de guerra surgindo de qualquer buraco negro, os quais não tiveram qualquer menção até agora, além de tramas de conspiração que me parecem risíveis ao extremo.
Enfim, foi isso que esperamos 4 meses para ver, pessoal. Como dito por minha amiga Vanessa, Revolution voltou com tudo... fazendo menos sentido que antes. E você, o que achou desse início de temporada? Conseguiu ver algo de bom, algo que valha a pena investir quarenta minutos? Comente!
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