E Perception surpreende mais uma vez, fazendo com que Daniel Pierce seja o único razoavelmente são em meio a várias pessoas mentalmente perturbadas.
O episódio já começa com a internação de Daniel, e depois retrocedendo 12 horas para que possamos entender os motivos. Claro que, para aqueles que não viram o vídeo promo, era fácil achar que ele havia atingido seu breaking point, assim como na temporada anterior. Já os que viram o vídeo não se surpreenderam em saber que era apenas uma estratégia referente a um caso. Dessa vez, ponto negativo para a TNT, que poderia editar a promo de uma maneira a não entregar este que para mim era um grande trunfo para surpreender o espectador desde o começo. Mas ok, vamos dar crédito para a emissora que tem entregue excelentes séries e que capricha em seu material promocional.
Mas adentrando no episódio em si, realmente afirma-se o que tenho dito nas últimas semanas, que Perception consegue entregar facilmente episódios redondos e excelentes. Não vejo como, nessa temporada em especial, a série sofra de uma queda de qualidade. É como se os roteiristas e toda a equipe a serviço do seriado simplesmente tivessem pego o jeito de fazê-lo, sem grandes esforços, entendendo cada personagem e como eles devem ser manejados no decorrer das tramas. Exemplo foi a desenvoltura de Daniel em toda a investigação, conduzida praticamente sozinho e totalmente enclausurado. Não foi preciso que ele tivesse a ajuda especialidade de uma agente do FBI ou salas de interrogatórios. Ele apenas se conectou com a cena do crime e os residentes da clínica até esbarrar no responsável pelo assassinato da enfermeira Laurie.
Aliás, desde já peço desculpas aos amantes de Kate, mas honestamente ela não fez falta na investigação. Sua participação exclusivamente para localizá-lo foi na medida para mim. Por outro lado, foi interessante ver a storyline dela com Donnie, que me conquistou um pouco mais nesse episódio e foi até possível torcer pelo casal. Tomara que possamos ver algo nesse sentido.
Por fim, gostaria de parabenizar a série pelo trato especial ao Transtorno Obsessivo Compulsivo, que foi bem potencializado no caso da garota engolidora de objetos pontiagudos. Ao contrário de determinadas séries, que inserem um episódio portador de tal transtorno e não lidam propriamente com as agruras de seus possuidores (sim, Glee, estou olhando para você), Perception conseguiu dar a exposição e abordagem correta para uma personagem que realmente não veremos mais, mas que foi capaz de comover e cuja storyline conscientizará da necessidade de tratamento nos casos. Que todas as séries que incorporam esses tipos de doenças e transtornos possam ser tão cuidadosos.
E você, o que achou do episódio? Opine com a gente!
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