Algumas coisas
mudam, mas outras permanecem.
Essa foi
praticamente a lição de moral da season premiere
da segunda temporada de Perception.
À primeira vista vimos várias mudanças, inclusive estapada na cara
de Daniel, que parecia bem mais livre, leve e solto, além de
finalmente ter tomado a iniciativa (já que da outra vez ele se
acovardou e acabou criando uma ilusão em cima disso) com Caroline.
Ela, por sua vez, mesmo hesitante, aceitou e correspondeu a Daniel.
Veremos até onde essa relação irá porém, ao meu ver, ela ainda
pode ser a pessoa a colocar o professor no caminho de uma vida bem
perto da normalidade. Afinal ele merece.
Tudo
isso graças ao tratamento, feito por ele já há 9 meses. Lembro-me
de ter me contorcido na temporada anterior, pedindo que Daniel fosse
procurar ajuda. E o quanto isso fez bem a ele foi visível. Até que
ele teve que parar os medicamentos.
Gostei
do recurso usado pelos roteiristas para explicar a parada nos
medicamentos. Um ajuste sendo necessário por causa dos efeitos
colaterais causados. Eu sinceramente não esperava que ele retornasse
com os sintomas da esquizofrenia, muito embora tenha sido mais do que
provado que é justamente a conversa com seus “amiguinhos
imaginários” que o ajuda a resolver devidamente os casos (como a
conversa com o já falecido Billie Flynn, que ajudou com que ele
conectasse sua morte com a autoria de Charlie). Isso surrou um pouco
os meus sentimentos, imaginando outra luta ferrenha de Daniel contra
os sintomas que o atormentam, ainda mais quando acompanhamos, ao
final do episódio, o retorno de Natalie (outra vez contrariando
minhas expectativas). Aliás, como será a convivência de Natalie e
Caroline na mente de nosso Daniel? Temerosa com os resultados.
O retorno das alucinações de Daniel, representado por Natalie. |
Nesse
episódio fomos apresentados a Donnie, futuro ex-marido de Kate, numa
antipatia à primeira vista. Não bastasse seu narcisismo patológico
(diagnóstico de Daniel, não meu) ainda fomos obrigados a vê-lo
humilhar Daniel em pleno juri, usando a esquizofrenia como modo de
retirar sua credibilidade. Ainda bem que não deu certo, muito embora
pense que ele será a nova pedra no sapato de Daniel Pierce.
Daniel sendo exposto no juri. |
Kate
conseguiu ser um pouco mais suportável nesse episódio, talvez pelo
fato de Donnie ser definitivamente o cara mais chato dessa trama, ou
porque os roteiristas pararam de tentar forçar a barra de algum
envolvimento romântico entre ela e Daniel. Posso lidar com uma
amizade dos dois.
Por
fim, o caso da semana. Gosto de falar que o destaque de Perception
não é o procedural, embora sejam sempre muito bem coontados,
especialmente na área psicológica e neurológica. Billie e sua
mudança de personalidade foram muito interessantes, especialmente
pelo fato disso poder ser usado em seu julgamento, o que nos leva a
refletir sobre a ética e viabildade de tais diagnósticos, Confesso
que não cheguei a nenhuma conclusão definitiva. A morte dele depois
de ser inocentado me pegou de surpresa mas, passado o choque inicial,
a mim ficou claro que Charlie era o culpado. Mas, obviamente, não
levo isso em conta, porque já vi séries criminais de balde e já
tenho uma bagagem boa para descobrir as soluções desses roteiros.
Perception
conseguiu me deixar com um baita sorriso, iniciando minha listinha da
summer season
com tapete de ouro. Opiniões? Deixe um comentário.
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